Halsey: o grande nome do Lollapalooza 2016?
Exuberância. Se eu tivesse que descrever o primeiro show da americana Halsey no Brasil com apenas uma palavra, seria definitivamente “exuberância”. A cantora chegou meio perdida ao palco, confessando que não sabia bulhufas de português (até o simplório “Halsey, eu te amo“, gritado em coro no Autódromo de Interlagos, foi ignorado com espontaneidade por ela).
Bom, o figurino foi um show à parte, possibilitando que ela sensualizasse pelo palco em poses que deixavam a música em segundo plano. Carismática, ela se jogou no gargarejo, um mar de balões azul e branco, embora o ritmo da música não fosse suficiente para acompanhar tamanha empolgação. Mas antes que você faça aquela pergunta de sempre (Quem diabos é Halsey), deixa eu explicar.
Halsey faz parte da geração mais poderosa de cantoras que o showbizz já teve, incluindo aí Lorde, Lana Del Rey, Tove Lo e, para citar outra que arrasou na mesma noite Lolla 2016 em Sampa, Marina and the Diamonds. Com um pop basicamente eletrônico calcado em vocais que beiram o estilo hip-hop, Halsey dominou a audiência e se surpreendeu com o conhecimento dos fãs sobre as letras de cada uma das músicas.
Em um dia em que o folk-rock tinha tudo para se sobressair, com apresentações quentíssimas de Mumford & Sons e outras nem tanto como a do Of Monsters and Men, foi a cantora de 21 anos de Nova Jersey quem ditou as regras do novo estilo “Americana”. Veja o vídeo abaixo de um dos muitos hits do álbum de estreia da moça, “Badlands”, que inclui uma cover de ninguém menos que Johnny Cash (“I walk the Line“, numa releitura distópica) na versão Deluxe.
Se você se interessou por essa moça que certamente vai deixar o Brasil com todo um novo séquito de fãs, corra atrás de “Badlands” e confira porque o electro-pop já tem uma nova dona no cenário mundial. Sorry, Lorde? Enfim, a batalha é boa, e quem ganha com a boa música somos nós. Quer saber mais sobre a Halsey? Vai curtir esse site aqui.
Outros destaques do primeiro dia do Lolla 2016
- O revival cheio de pique dos tios do Bad Religion serviu para mostrar que o bom e velho punk rock nunca morre. Mesmo.
- Eagles of Death Metal superam de vez o trauma do Bataclan, talvez graças ao calor do público brasileiro.
- Mumford & Sons mostraram que há também muita alegria e graça atrás dos hits capazes de fazer qualquer brucutu chorar.
- Of Monsters and Men e Cold War Kids: será que foi combinado se apresentarem ao mesmo tempo? Hora propícia para tirar aquele cochilo com baba no sofá.
- Tame Impala é um mix de competência, técnica e psicodelismo. Precisa mais?
- Marina and the Diamonds mostrou que é mais autêntica usando fantasia que muita diva renomada por aí (e bem mais gostosa também, por sinal).
- Eminem. Alguém viu o Eminem? pelamor…
E você, qual show curtiu mais no primeiro dia do Lolla 2016? Como eu, também preferiu ver o festival do sofá? Conta pra nós aí nos comentários!