Smashing Pumpkins no Brasil: vai rolar Today e Disarm?

Outro dia assistindo ao interessante “Se eu ficar”- com aquela belezinha da Chloë Grace Moretz – uma cena em que o grupo de amigos se reúne para alegremente tocar “Today” num lual me levou ao passado não muito distante, nos anos noventa e poucos, em que esse era um dos dois grandes hits que incendiavam a plateia nos shows dos Smashing Pumpkins na sua formação clássica.

Quem não se lembra daqueles acordes iniciais que sinalizavam o hino? “Today is the greatest…” Billy parecia incorporar o pai de Santo do Rock and Roll e o público ia à loucura. “I wanna turn you on…”

“Today”, na verdade, é um orgasmo que nunca realmente se conclui. Pena que, hoje em dia, “Today” só é incluída no set list na base de muita súplica por parte dos fãs, graças à antipatia gratuita do único membro remanescente que, recentemente, entrou em atrito com um fã que questionou porque não incluía outro grande hit – 1979- nos seus shows atuais. O bate boca viralizou, olha só:

No início dos anos 90, a dobradinha “Today” e “Disarm” – as melhores faixas de Siamese Dream – era imbatível. Pelas beiradas, entravam “Cherub Rock”, “Geek USA”, “I am One” e “Soma”, essa última, uma verdadeira viagem por solos de guitarra e devaneios vocais. Quem nunca ligou “Disarm” no volume máximo para puxar a angústia de algum amor não correspondido que atire a primeira pedra. O vídeo era igualmente pungente, com os 4 integrantes da banda sobrevoando uma cidade imaginária que provavelmente existe apenas em nossa memória afetiva.

Que nos próximos shows no país Billy Corgan e Cia. flexibilizem o set list e não façam como em apresentações recentes em que desceu goela abaixo da audiência um “Oceania” na íntegra. Quer dizer, nada contra “Monuments of an Elegy”, mas o que nós todos queremos ver, ouvir e sentir, é mesmo “Today” e “Disarm”.