A Lorde do Rock

A Lorde do Rock

Se tem um álbum que é esperado com aflição tanto pela enorme base de fãs quanto pela crítica especializada é o segundo da Lorde.

Opa, peraí, falando de Lorde no Rock Cabeça? Sim. Porque há de existir uma cantora de 18 anos com alma mais rock, rap, pop, hip-hop, soul que a de Lorde. Não tá acreditando? Então você acha que é qualquer uma que sobe ao palco do Rock and Roll Hall Of Fame para dar uma de Kurt Cobain em “All Apologies” com o resto do Nirvana

https://www.youtube.com/watch?v=vJD75yVRyg8

Isso sem contar a quantidade de prêmios que ganhou pelo seu álbum de estreia e o hit “Royals”. Inclusive prêmios na categoria rock, que ela fez questão de receber com sua ironia peculiar. Mocinha linda.

https://www.youtube.com/watch?v=Hv4_FPBihAQ

O nome dela é Ella, com dois eles, mas ela prefere que você a chame de Lorde. Bom, você e os milhares de fãs em todo planeta que, assim como eu, não conseguem parar de escutar o primeiro álbum dessa cantora neozelandeza que completou 18 anos em 7 de novembro passado. Aí você pensa: “Ah, ela só tem 18 anos”. Cara, ela canta em público desde os 12, sendo que quando tinha 3, os professores dela já a chamavam de gênio.  E o que ela tem de diferente dessa linhagem de cantoras Disney do tipo Miley Cirus e Selena Gomez? Tudo. A começar pelas letras que retratam o quão “retardada” é a geração dela própria. A Lorde mesmo já falou que essas cantoras fabricadas fingem ser perturbadas para fazer sucesso, o que faz todo sentido, né?

Kiko Loureiro Music Business

Enquanto essas cantoras de voz afinada no computador cantam músicas escritas por produtores, Lorde escreve, canta e produz. As primeiras músicas do EP THE LOVE CLUB, incluindo “Royals”, Lorde disponibilizou no SOUNDCLOUD sem maiores pretensões. Fez tanto sucesso que as gravadoras que não acreditavam muito no hit “Royals” tiveram que correr atrás e fechar um contrato com a Lorde. E olha só:  numa matéria de capa de uma Rolling Stone americana de 2014, Lorde disse que se trata de uma música “boba”.

lorde-rock-cabeca

Eu quando escuto “Royals” logo me lembro dos filmes da Sofia Coppola, que costuma ser bastante criteriosa com as trilhas. Inclusive a última, de “Bling Ring – a gangue de Hollywood” é sensacional e ainda inclui um dos ídolos da Lorde, Kanye West. Dá mesmo pra perceber que “Royals” prima por uma batida e um formato de letra que tem muito de Kanye West.

Bom, Kanye e Lorde já andaram se encontrando em premiações afora e por pouco não se estranharam. Enquanto Kanye era só elogios para as letras de Lorde, a menina teve a ousadia de dizer que as letras dela são o oposto das do rapper. Enfim, os dois se encontraram na trilha de “Jogos Vorazes”, que Lorde teve o prestígio de produzir e incluir outros petardos dela, como “Yellow Flicker Beat”, injustamente deixada de fora das principais premiações do cinema. Kanye, quem diria, remixou a faixa para o álbum. Haja prestígio, hein Ella?




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Marcos Tadeu

Marcos Tadeu

Jornalista, idealizador e apresentador do Rock Cabeça na 100,9 FM, Rádio Inconfidência FM (MG) desde 2016. Acima de tudo, um fã de rock gringo.