CPM 22: punk-rock à moda antiga
Sim, eles voltaram após um longo intervalo de 6 anos sem material inédito. O CPM 22 acaba de lançar “Suor e Sacrifício”, uma coleção de 14 faixas coesas e consistentes (nas plataformas de streaming são 16, é bom frisar), que representam o melhor que o punk-rock made in Brazil tem produzido nos últimos anos.
Há quem diga que o punk-rock está fora de moda, assim como o CPM 22, praticamente um ícone do rock brazuca produzido em meados dos anos noventa. Mas os caras não dão chance ao azar, muito menos às críticas que sempre existiram: sentam o pau do início ao fim, com letras que remetem ao caos político brasileiro e apenas uma breve parada (magistral, é verdade) para uma canção em inglês, cortesia do Face to Face.
https://www.youtube.com/watch?v=h1TWVJKqwqA
Graças ao vocalista Badauí (único integrante na formação desde 1995), o CPM 22 chegou a ser comparado ao Charlie Brown Jr em seus primórdios. Até porque ambas as bandas tiveram o dedo de Midas do polêmico produtor Rick Bonadio, que relata em sua autobiografia as desventuras de Badauí em momentos os quais a imprensa comparava seus trejeitos com os de Chorão.
Hoje, com a lamentável extinção do Charlie Brown Jr., é natural que não exista mais tal comparação, até porque a sonoridade do CPM 22 amadureceu e avançou por patamares que ultrapassam o punk-rock com toques de emo que tanto emocionava teens nos anos 90/2000. Hoje é possível dizer que o CPM 22 conquistou, com muito suor e sacrifício, seu devido lugar no panteão dos grandes do rock nacional.
Japinha, do CPM 22, no Rock Cabeça
Em um bate-papo descontraído com o simpático batera Japinha para o quadro Rock Cabeça do Programa Esse Tal de Rock and Roll da Rádio Inconfidência FM de Belo Horizonte, temas como política e bandas “fakes” que se utilizam da internet para se promover e o pão de queijo mineiro vieram à tona. Confira:
E então, também é fã de CPM 22? Deixa seu comentário aí embaixo, valeu?