[PREMIERE] PUTZ!…They did it again
Não há dúvidas sobre a quantidade e a qualidade da música independente produzida hoje no Brasil. Especialmente em se tratando de rock, um gênero que morre todo ano, mas nunca deixou de respirar no underground. Mas a questão é: quantas dessas bandas você realmente ama? E quantas dessas músicas você ouve por simples prazer? Uma, duas, três….
Putz. Essa é a banda (com o perdão do trocadilho).
E quem tem a nem sempre recompensadora missão de escrever todas as músicas, cantar, tocar, juntar a galera e fazer os clipes atende pelo (novo) nome artístico de Gi Ferreira, que, no auge dos seus 28 anos, acredita ter “demorado” demais para se lançar. O que, na verdade, pode ser um contraponto com as canções brilhantemente escritas, sem a habitual aflição que acomete os muito jovens. “Eu já sei do que gosto, do que não gosto. Claro que a gente vai mudando sempre né, mas já nao tenho vergonha de certas coisas que tinha ou uma necessidade de me encaixar em algum lugar que nao é meu”, reflete Gi.
“grave” (assim mesmo, com uma enigmática inicial minúscula) é o segundo single do que promete ser um primeiro álbum, de 11 faixas, a ser lançado na longa fila do primeiro semestre de 2021, com ou sem vacina, com a previsão de um terceiro single antes. Com um vídeo que mistura registros feitos em casa e durante rolês da banda, a faixa é mais uma daquelas que não saem da cabeça depois da primeira audição.
Falar pra quê?
Ninguém vai entender
É tudo invisível
E se for impossível,
eu vou
eu vou
eu voo
“grave” é uma música antiga que estava na gaveta há anos (pode botar uns 4 pelo menos), mas a letra veio só no final do ano passado e foi escrita junto Cyro, nosso guitarrista. Eu tinha o refrão e algumas ideias, aí sentamos e conseguimos completar. Pode-se dizer que “grave” é uma mistura de coisas, nela tem sentimentos pessoais, questionamentos, incertezas e tem como referência também um dos meus livros preferidos, que o Cyro havia acabado de ler quando escrevemos: “Bonsai”, do chileno Alejandro Zambra. Claro, nada ao pé da letra, mas a história do livro nos ajudou a compor essa letra.
Gi Ferreira – frontwoman da Putz
Até então, Gi Ferreira era conhecida pelo sobrenome do pai, o músico Kiko Zambianchi. A adoção do sobrenome da mãe veio como uma forma de se iniciar na carreira artística, sem as inevitáveis comparações com o trabalho do pai. “Não é nada pessoal, digo, tenho total admiração pelo meu pai, é só uma questão de identidade mesmo. Mas para não gerar interpretações erradas, provavelmente vou dizer por aí que é coisa de numerologia“, brinca.
Um time para acompanhar de perto
Nascida em São Paulo, Putz é formada por Gi Ferreira, Cyro Sampaio, Sarah Caseiro e Antonio Fermentão. Em 2019, lançaram “Vou Cair” e “Eu Sei”, dois singles que foram muito bem recebidos e que ganharam belos clipes. Produzido por Alexandre Capilé, o álbum será mais um lançamento feito em parceria pelos selos Flecha Discos e Forever Vacation Records.
Confira o novo single da Putz: “grave”
Ficha técnica
- “grave” gravado em Estúdio Costella (São Paulo)
- Prod/Mix/Master: Alexandre Capilé (Estúdio Costella – São Paulo)
- 2020 Flecha Discos / Forever Vacation Records
Relembre a participação da Putz no Rock Cabeça
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