13 bandas de rock alternativo que sumiram do mapa

13 bandas de rock alternativo que sumiram do mapa

Tá certo: vida de fã de bandas de rock alternativo nunca esteve tão difícil como hoje em dia…. Não basta o próprio rock ter migrado para o underground, está cada vez mais complicado acompanhar a vida – nem sempre útil – da galera alternativa que costumava fazer muita cabeça por aí, principalmente na época de ouro entre 1990 e 2010 (suspiros). Se você não tem ideia do que tô falando, basta dizer que o New Radicals arranhou um comeback recentemente, deixando todo mundo extasiado.

Importante dizer que a lista abaixo foi feita com base na minha própria coleção de cd’s, ou seja, confesso que pode ter um ou outro artista que na verdade não sumiu do mapa, apenas se distanciou da mídia tradicional. No entanto, aqui temos apenas bandas excelentes, algumas com estofo até para encher estádios – e é bastante incompreensível que tenham simplesmente acabado. Bora rever?

Telekinesis

Campeão de nome mais complicado do rock alternativo mundial, o Telekinesis teve seu auge entre 2009 e 2013, e depois desapareceu. Telekinesis, na verdade, é o projeto de um homem só: Michael Benjamin Lerner. O álbum de estreia do Telekinesis foi lançado em abril de 2009 e os ótimos reviews não foram suficientes para manter essa banda ativa.

Dirty Projectors

Elogiada por Bjork e até Caetano Veloso (por sua ligação com a mpb), o Dirty Projectors vem do Brooklyn, Nova York, e foi formada em 2002. Também trata-se de um projeto do cantor e compositor David Longstreth, que serviu como único membro constante da banda ao longo de várias mudanças de formação.

Japandroids

A onda de minimalismo iniciada pelo White Stripes gerou o Japandroids, uma banda de rock “cru” de Vancouver, British Columbia, composta por Brian King e David Prowse. Formada em 2006, os caras tiveram destaque após o lançamento de seu álbum de estréia, intitulado “Post-Nothing”. E foi basicamente isso.

Nota do editor: Japandroids já lançou muitos outros álbuns por aí.

The Bravery

O The Bravery (EUA) é o caso clássico de banda ofuscada por outra do mesmo país, com som similar e até da mesma gravadora (Island Records). Caso o The Killers não existisse, o The Bravery teria certamente uma vida mais próspera, até porque seu ótimo álbum de estreia chegou ao Top 20 nos Estados Unidos e ao Top 5 no Reino Unido. Porém, o HOT FUSS tava por ali com seu “Mr. Brightside” (que completou 5 anos nas paradas de sucesso britânicas) ….

Peaches

Impossível não se lembrar de “Fuck the pain away”, hit máximo da descolada Peaches presente em 9 de cada 10 trilhas sonoras lançadas no início da década de 2000 (especialmente em se tratando de porn…). Peaches também é projeto de uma pessoa só, a canadense Merrill Beth Nisker e lançou 6 álbuns – o último “Rub” é lá de 2015, mas aí Peaches já tinha migrado para a obsolescência.

Nota do editor: Peaches – a cantora – continua mais ativa do que nunca, com grande sucesso na Alemanha e vários hits como “Downtown”.

The I Don’t Cares

Uma banda com Juliana Hatfield e Paul Westerberg não precisa de introdução, concorda? Pois esses 2 ícones do rock alternativo americano resolveram unir forças no “The I don’t cares”, deixando tão somente um álbum (infelizmente) que remonta os melhores momentos do Replacements.

Starsailor

Houve uma época em que europeus como Radiohead, Travis, a desconhecida Coldplay e Starsailor, entre outros, dominavam as mentes de qualquer fã de rock do planeta. Com ótimos álbuns na bagagem, o Starsailor sumiu do mapa deixando muita gente órfã desse som melancólico por aí.

Embrace

Uma banda com tanta moral que recebeu de presente a composição de “Gravity” de ninguém menos que Chris Martin – fã confesso do Embrace. Aclamada pela crítica, a banda de Brighouse se formou ainda em 1993, deixando 8 álbuns e uma penca de singles.

The Ting Tings

O Ting Tings conseguiu encher de pop o que Jack White entupiu de blues-rock. O duo inglês lançou um álbum de estreia divertidíssimo “We Started Nothing” e, infelizmente, foi o ponto alto da carreira deles. Mais uma banda prejudicada pelo estigma do segundo álbum, pois “Sounds from Nowheresville” foi um fracasso retumbante. Em 2014, lançaram “Super critical”, mas aí já era tarde.

Gossip

“A joyful noise”, de 2012, foi o último álbum da banda que tinha a inesquecível Beth Ditto (e sua voz supersônica) como frontwoman. Em fevereiro de 2016, Beth confirmou o fim da banda, revelando que pretende se concentrar na sua carreira musical solo e também na sua linha de moda.

A Camp

O agridoce “A Camp” é um projeto de Nina Persson (The Cardigans, que também sumiu do mapa) e seu marido Nathan Larsson que se resumiu 2 ótimos álbuns: “A Camp” (2001) e “Colonia” (2009). A proposta sonora unia o pop do Cardigans com o folk do melhor estilo americana e deixou saudade em quem ouviu.

The Vines

Uma das bandas que mais se aproximou de ocupar o improvável posto de novo “Nirvana” acabou naufragando graças à instabilidade psíquica e emocional do frontman australiano Craig Nicholls. Hoje com 43 anos, Nicholls é portador da Síndrome de Asperger, já teve várias crises durante shows e turnês, tendo que passar por internações repetitivas para sua recuperação.

The Thrills

Quando o Wilco ainda engatinhava, nós tínhamos a exuberância sonora do The Thrills. Formada em 2001 em Dublin, Irlanda, a banda deixou 3 álbuns irrepreensíveis: “So much for the city”, “Let’s bottle bohemia” e o derradeiro, “Teenager”.

E na sua opinião, esquecemos de colocar algumas bandas de rock alternativo nessa lista? Quais? Use os comentários e nos ajude a enriquecer esse artigo!

Marcos Tadeu

Marcos Tadeu

Jornalista, idealizador e apresentador do Rock Cabeça na 100,9 FM, Rádio Inconfidência FM (MG) desde 2016. Acima de tudo, um fã de rock gringo.