De A-ha a Secos e Molhados: conheça 5 versões inusitadas de músicas famosas
Ok. Neste post eu já disse algo do que eu pensava sobre o eterno dilema da música cover x autoral. E, hoje, eu gostaria de trazer para vocês algo que gosto muito, que são versões e releituras. Temos desde bandas de rock pesado cobrindo pop, como artistas pop cobrindo rock. O que importa é a liberdade para se recriar clássicos – apesar da versão original de muitos ser indiscutível, como é o caso de “Take on me” do A-ha, que ganhou peso com a releitura de uma banda de hard-rock.
Uma dessas originais “indiscutíveis” também seria justamente “Sangue Latino”, o clássico dos Secos e Molhados. Do que eu tenho notícia, ela nunca foi coberta por artistas gringos, pelo menos até agora. O duo estadunidense La Palma fez uma versão no mínimo emocionante desta música. Formado por Chris Walker (que tem mãe brasileira e fala um ótimo português) e Tim Gibbon, com base em São Francisco and Washington, “Sangue latino” era a música embalava a infância de Chris.
Minha mãe tocava para mim quando eu era criança, mas nunca houve discussão sobre os músicos ou o significado da música, era para ser apreciado puramente por seus sons doces e como esses sons faziam você se sentir.
Chris (La Palma)
2 3 toques sobre La Palma com Chris Walker
RC – Por que escolheram “Sangue Latino” para fazer como cover?
LP – Sangue Latino é uma música tão especial e complexa. É político e desafiador, mas vem vestido de renda e seda colorida. Minha mãe tocava para mim quando eu era criança, mas nunca houve discussão sobre os músicos ou o significado da música, era para ser apreciado puramente por seus sons doces e como esses sons faziam você se sentir.
RC – Como os americanos enxergam hoje a música brasileira, especialmente o rock?
LP – A música brasileira tem uma influência tão importante na música nos EUA e no mundo. Falando por nós mesmos, a música brasileira entrou no DNA de nossas composições. A música popular brasileira e a música da Tropicália ressoam particularmente conosco, assim como o trabalho de artistas contemporâneos.
RC – Qual o tamanho do estrago Bolsonaro fez em nossa imagem por aí?
LP – Os políticos fazem muito estrago… no Brasil, nos EUA, em todos os lugares. Mas sabemos a diferença entre o povo e os políticos, e o coração do povo sempre virá.
E o Rock Cabeça Sessions também apresentou “Sangue Latino” pela voz de Arianne Ruas em 2020:
Agora confira outras covers tão inusitadas quanto:
Borrowed Sparks – “Refugee” de Tom Petty and The Heartbreakers
telco – “Paris” de The 1975
Marwood’s Fall – “Take on me” do A-ha
Estella Dawn – “Vienna” de Billy Joel
Bonus: Septa – “War all the time” de Thursday
Swiss Army Wife – “I wanna hold your hand” dos Beatles
E então, quais dessas versões você mais gostou? Conhece alguma cover inusitada e gostaria de compartilhar com a gente? Deixe seu comentário abaixo!