Moda e Música com Isa Menta: The Idol
Oi, gente! Isa Menta aqui começando mais um Moda e Música no Esse Tal de Rock and Roll, o quadro que reúne histórias, indicações e curiosidades dos dois universos. No dia 4/06, a HBO Max lançou em seu catálogo a nova produção intitulada “The Idol”, estrelada pelo cantor canadense The Weeknd (ou Abel, como agora prefere ser chamado) e por Lily-Rose Depp, atriz, modelo e filha de Johnny Depp.
Baseada na história de Jocelyn, uma cantora pop que entra em declínio nos Estados Unidos após sofrer um colapso nervoso, “The Idol” explora os efeitos da busca pela fama dentro da indústria da música. Ao cancelar sua turnê mundial por conta de seu problema de saúde, Jocelyn deseja retomar sua imagem de status e ícone sexy no território e para isso, vai a uma boate, onde conhece Tedros, personagem interpretado por The Weeknd. Ele, no entanto, apesar de apresentar um potencial bastante sedutor (que pode ser percebido logo no início da minissérie), também demonstra possuir um lado obscuro e misterioso. As primeiras cenas já deixam claro o clima existente entre os dois, principalmente pelo apelo sexual que a produção carrega consigo.
Os primeiros episódios, que foram exibidos no Festival de Cannes antes mesmo de seu lançamento oficial, levantaram diversas críticas justamente por isso. “The Idol” combina de um lado, o desejo e determinação de uma cantora em retomar seu auge e de outro, a perspectiva masculina e as consequências de se buscar essa fama custe o que custar. Tedros é um guru de autoajuda e líder de uma seita na qual Jocelyn ainda não tem conhecimento, o que gera dúvidas quanto ao seu futuro, ou seja, se suas escolhas trarão de fato o estrelato ou se colocarão a personagem numa situação pior do que antes se encontrava. Essa visão mais masculina que a equipe pretendeu alcançar trouxe alguns questionamentos, principalmente em relação a uma perpetuação de um mito de que as popstars são espécies de fantoches que não conseguem gerenciar sua própria imagem. A minissérie apresenta cenas explícitas de sexo entre Jocelyn e Tedros, muitas delas contendo toques violentos, que acabou por gerar nos críticos que estiveram presentes no festival uma sensação de “será que isso é mesmo necessário?”. Para se ter ideia, o The New York Times chegou a definir a produção como “The Idol ou 50 Tons de Abel”.
Antes mesmo de toda essa estética mais adulta vir à tona, “The Idol” já passava por algumas polêmicas. Produzida por Sam Levinson, um dos criadores da série “Euphoria”, também da HBO, contou com o abandono repentino da diretora Amy Seimetz. A Rolling Stone chegou a publicar que 80% da série já estava concluída, quando Amy decidiu sair e segundo boatos, The Weeknd (que também é um dos produtores) disse achar que o roteiro estaria caminhando para algo muito “feminino”.
Por outro lado, a equipe por trás da série é de peso. Sua associação é com a A24 de Hollywood, responsável por produzir sucessos inclusive vencedores do Oscar, como o filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, Aftersun, Mindsommar e Hereditário. Além disso, a trilha sonora de cada episódio conta com grandes nomes, como Playboi Carti, Madonna, Suzanna Son e o próprio The Weeknd, que já é detentor de vários hits mundo a fora. Até então foram lançadas 3 músicas, sendo elas “Double Fantasy”, “Popular” e “Family”, que particularmente achei combinarem muito com a vibe dos personagens e de toda a história. O álbum completo está previsto para estrear nas plataformas digitais no dia 30 de junho desse ano.
É interessante comentar que a série possui algumas referências a cenas de outras, como “Euphoria” mesmo e isso pode ser notado no primeiro episódio, quando Jocelyn está escondida com Tedros enquanto sua amiga a procura. Em alguns pontos, uma alusão a trajetória pop de Britney Spears também pode ser observada. Mesmo com essa enxurrada de críticas, “The Idol” conquistou 5 minutos ininterruptos de aplausos de pé no Festival de Cannes, o que contraria algumas das opiniões publicadas quanto ao seu exagero calculado. Falando de uma forma individual, acredito que ainda seja cedo para tecer comentários definitivos sobre a série, já que ainda tem bastante história para rolar nos próximos episódios, além de ser a primeira aparição como ator do The Weeknd, então ao final dos capítulos pode ser que aconteça uma evolução significativa de seu personagem, que para alguns foi considerado “raso”. A escolha dos figurinos também foi bem estratégica, já que eles transmitem de uma forma bem intencional toda a característica provocadora e chamativa de Jocelyn, ao mesmo tempo que parecem acompanhar a evolução de personalidade de estrela pop.
E você, o que acha? Já assistiu a série? Se sim, o que achou da trama? Me conta lá no instagram @isaamenta, eu sou a Isa Menta e esse foi mais um Moda e Música reunindo histórias, curiosidades e indicações dos dois universos aqui no Esse Tal de Rock and Roll. Obrigada e até a próxima!
Ouça novamente a coluna Moda e Música com Isa Menta que foi ao ar na Rádio Inconfidência:
E você, já assistiu a “The Idol”? O que está achando? Conta pra nós nos comentários!