Blur: a volta dos que nunca foram
U-huuu! Quando eu pensava que o Blur estava cada vez mais próximo de se transformar em parque temático britânico, eis que os caras surpreendem meio mundo e divulgam o lançamento de um novo álbum “The Magic Whip“, com direito a coletiva, vídeo e track list, tudo devidamente documentado no site oficial.
A se basear por “Go Out“, trata-se de uma volta às origens, com destaque para a guitarra de Graham Coxon, mais suja que nunca. Dá uma sacada:
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A expectativa por parte da base de fãs do Blur é a maior possível, graças aos inúmeros ensaios de volta da banda que nunca se concretizaram. Entre o clássico (na minha opinião, é claro) “Think, Thank” e este “The Magic Whip” foram mais de uma década de sucessão de singles (“Under the West Way“), álbuns e dvd’s ao vivo, documentários, uma improvável apresentação nas Olimpíadas de Londres e até um box gigantesco com os reissues de cada um dos discos e material de sobra de gravações até falar chega.
Mas o vigor promocional que tomou forma justamente nesse hiato aproximou o Blur do que o Weezer é agora. Ou seja, retirou a magia experimentalista da banda que um dia encabeçou o Brit-Pop – deixando em maus apuros até mesmo o Oasis (quem não se lembra da disputa pelas vendas entre o single “Country House” e “Roll With It”?) – e tornou os boys de Essex com cara de banda de amigos veteranos que se reúnem apenas em grandes eventos para plateias saudosistas dos bons tempos de “Parklife“.
Com tantos dvd’s acumulados na minha prateleira do Blur nos últimos anos – e apresentações bastante similares, seja em Hyde Park ou em Glastonbury – torço para que “The Magic Whip” venha a dissipar essa impressão como num passe de mágica (perdão pelo trocadilho infame). Realmente acho que Think, Thank foi o limite da criatividade do Blur, com faixas irrepreensíveis como “Out of Time“, mas, hey!, Graham Coxon era quase um egresso da banda naquela ocasião e vocês hão de convir que, sem as guitarras de Coxon, não há Blur.
Por mais que Damon Albarn em toda sua hiperatividade musical seja a cara do Blur, Blur é Graham Coxon e mal posso esperar para ouvir o que esse guitarrista genial e introspectivo preparou para nós dessa vez. E que ele não surte com mais sucesso. Tender is the night!
E para você, quem é o integrantes mais imprescindível do Blur? Conta pra nós nos comentários abaixo!