Erwins: os donos da festa
O Erwins é a prova viva de que vale a pena não se levar a sério. O que dizer de uma banda formada no meio de uma arquibancada de jogo do Cruzeiro e por amigos que sequer haviam pegado em qualquer instrumento? Vai ser mais ou menos assim: eu canto, você toca guitarra….e você, quer bateria ou baixo? Tanto faz.
Músicos doutorandos, tremei: e o pior de tudo (ou melhor, dependendo do ponto de vista) é que essa zoeira toda deu muito certo. E até demais. Porque o Erwins é, acima de tudo, diversão da primeira à última música do set list que não para de crescer (ao contrário da banda, que só encolhe em número de integrantes).
Mas não qualquer tipo de diversão, pois não estamos falando aqui de bandas covers. As letras de Pylro e Rezende são altamente politizadas, e sempre partem do ponto de vista do suposto “Zé Ninguém”, cidadão de bem que só quer trabalhar e ter um tempo para curtir. Um punk-blues da sociedade mais ansiosa de que já se teve notícia.
Mas nem sempre se chamaram Erwins. No início, eram Erwin’s Cat – e graças a Deus mudaram esse nome. Hoje, a dupla não liga de serem chamados de Erwins, tamanha a identificação entre personagens e músicos. Aliás, Bruno Pylro, vocal, guitarra e baixo, é uma figura emblemática: arquiteto e cruzeirense, tinha tudo para ser um daqueles artistas puristas, escrotos e elitistas que a gente nem passa por perto, porém, é de uma humildade e encantamento que automaticamente passamos a gostar daquilo que canta e toca, mesmo quando acha que “erra”.
O Erwins é festa. E 0800.
Ouça mais uma vez o Rock Cabeça Sessions com Erwins, que foi ao ar na 100,9 FM:
Veja como foi a performance do Bruno, do Erwins, no Rock Cabeça Sessions:
Confira o vídeo de “Vício”, criado a partir de uma sequência de fotos do Erwins:
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