Live Playlist: a onda dos álbuns tocados na íntegra no palco

Recentemente, foi a vez de Damon Cough e seu Badly Drawn Boy anunciar a turnê comemorativa de 25 anos do ótimo álbum “The hour of bewilderbeast”. Para celebrar os 40 anos do seminal “Horses”, a lenda do Punk Rock cabeça, Patti Smith, convidou um time de respeito para tocar o álbum de cabo a rabo em cidades estratégicas, como Nova Iorque e Paris.

A prática de incluir um “classic album” inteirinho no set list, na mesma sequência das faixas originais, vem se tornando cada vez mais comum nesses tempos de Spotify, Itunes e até o Tidal de Jay-Z. Trata-se de um sintoma da retomada da indústria dos vinis, com a prensagem de títulos raros e exclusivos no formato, que leva os fãs a resgatar o gosto pelos álbuns em si.

Mas enquanto bandas como os Rolling Stones veem certa dificuldade para adaptar um álbum completo à dinamicidade de um show de arena – a próxima turnê inclui todas as canções de “Sticky Fingers”, o álbum com maior número de baladas dos Stones – outras enxergam o culto ao álbum como uma forma de dar um up na carreira que já andava meio esquecida e, claro, lucrar em cima de hits antigos, como é o caso de Bryan Adams e os 30 anos de “Reckless”. Boiou? Confira outros artistas que resolveram reinvestir no próprio catálogo em nome do saudosismo – e dos dólares a mais na conta:

Blur – The Magic Whip (2015) – Show de lançamento do álbum.
Smashing Pumpkins – Oceania (2012) – Exceção à regra, Billy Corgan tascou goela abaixo da audiência de um show em Nova Iorque o set list com todas as faixas do desconhecido Oceania (e ainda gravou em DVD).
Green Day – Dookie (1994)
The Lemonheads – It’s a Shame About Ray (1992)
Metallica – Black Album (1991)
Echo and The Bunnymen – Ocean Rain (1984)
Bruce Springsteen – Born in the USA (1984)