Moda e Música com Isa Menta: AI é legal?
Oi, gente! Mais um Moda e Música começando, Isa Menta aqui reunindo histórias, curiosidades e indicações dos dois universos no Esse Tal de Rock and Roll e como esse quadro não vive somente de moda relacionada ao vestir, mas também dos modismos que vêm surgindo por aí, a coluna de hoje vai falar sobre o tema mais comentado dos últimos dias para quem é amante de tecnologia: o chat GPT.
Sendo uma abreviação para “Generative Pre-Trained Transformer”, o chat GPT é uma ferramenta desenvolvida por inteligência artificial que se apoia em modelos de linguagens baseados em aprendizagem profunda. Em outras palavras, é um gerador de diálogos virtuais criados através de uma série de textos e conteúdos disponíveis na internet. A promessa da plataforma é fazer com que a experiência do usuário em relação às respostas procuradas por ele seja melhorada, de forma que entregue uma automatização maior do que outros assistentes virtuais, como a Alexa, por exemplo.
Criado pela OpenAI (laboratório americano de pesquisa) e tendo Elon Musk como um de seus fundadores, o chat GPT utiliza de uma ferramenta chamada Transformer, que capta padrões baseados em rede neural. A principal diferença para os chats convencionais é o fato de que o GPT consegue responder a perguntas muito mais complexas e com maior volume de informações, sendo uma tecnologia mais completa, dinâmica e flexível. Nos padrões convencionais, as questões normalmente só são respondidas corretamente a partir de outras que já estão programadas, portanto, seguem caminhos determinados. No chat GPT, não.
Outro ponto interessante de comentar, é que a ferramenta opera de forma colaborativa, então o usuário consegue corrigir informações fornecidas na plataforma. Dentre suas utilizações, é possível não só estabelecer uma conversa com a máquina, mas também pedir informações, escrever letras de músicas e poemas, perguntar sobre conceitos, etc.
Embora estejamos diante de uma tecnologia inovadora e que atingiu o maior sucesso da história em relação a rapidez de seu crescimento (mais de 100 milhões de usuários em menos de 2 meses), o chat GPT ainda é pauta de diversas discussões, principalmente sobre ética e suas aplicações.
Ao mesmo tempo em que consegue gerar conteúdos coerentes, a inteligência artificial tem o poder de transformar códigos gerados por máquinas em materiais que soam muito humanos, o que pode ser perigoso, dependendo do que estamos falando. Alguns meses atrás, uma foto do papa usando um casaco puffer super estiloso no lugar da batina viralizou e confundiu a cabeça de muita gente. Enquanto uns criticaram a estética, principalmente os fiéis, outros adoraram a versão fashion do papa e chegaram até a criar memes no Twitter.
Por outro lado, a ferramenta pode ser prejudicial em se tratando da possibilidade de geração de informações incorretas ou tendenciosas. Para muitos, o chat GPT e outras vertentes da inteligência artificial são ameaças. Basta observar a quantidade de demissões feitas pelas empresas para trocar funcionários pela IA nos últimos tempos. Profissões que dependem da produção de textos, como o jornalismo, por exemplo, podem ser amplamente afetadas, ao mesmo tempo em que a ideia do programa diz não ser substituir a ação e escrita humana.
No campo da educação, o chat GPT tem se mostrado outro problema, já que em muitas escolas e universidades a ferramenta passou a ser utilizada pelos estudantes como uma forma de encontrar respostas prontas para suas tarefas acadêmicas. Em Nova York, com um mês de estreia, o governo decidiu proibir a plataforma na rede pública americana. Outras questões, como o futuro da própria criatividade humana e das produções de conteúdo também foram levantadas.
Na música, a inteligência artificial também se faz presente e apresenta vantagens e desvantagens. As plataformas de streaming, como o Spotify, já utilizam dessa tecnologia mesmo que “silenciosamente embutidas” na experiência, através de recomendações de artistas e canções e da criação de playlists baseadas no gosto do usuário. Em 2016, a Sony criou uma música no estilo dos Beatles com a inteligência artificial e adicionou um toque humano com o compositor francês Benoit Carré. Algum tempo depois, a mesma empresa responsável por criar o chat GPT desenvolveu o projeto Jukebox, que tem se mostrado bastante promissor na construção de amostras musicais feitas do zero. Além disso, o processo de masterização também tem encontrado resultados positivos, já que se torna mais barato e rápido.
Duas semanas atrás, outro feito da IA: um novo álbum da banda britânica Oasis foi produzido e lançado inteiramente através da tecnologia. Não é preciso ir muito longe para dizer que a atitude trouxe controvérsias. Ao mesmo tempo em que a reprodução foi tão boa, que alcançou mais de 40 mil views em uma semana, outras colaborações levantaram a questão dos direitos autorais, principalmente no feat inexistente gerado entre Drake e The Weeknd. Novamente, a inteligência artificial vista como uma ameaça na indústria, embora traga experiências diferenciadas para o ouvinte.
Já existem estudos, inclusive, que apontam a influência dessas ferramentas nos períodos eleitorais, já que estas podem trazer impactos positivos às campanhas, mas também negativos no combate à desinformação e fake news. Observações realizadas nas últimas eleições ao redor do mundo apontaram para o aumento do uso de perfis automatizados (bots) com o objetivo de influenciar o voto dos eleitores, assim como levantar discussões virtuais, debates e movimentos de apoio a determinados candidatos, sempre simulando o comportamento humano. Embora seja difícil fugir disso em ambientes online, especialistas dizem ser importante conhecer o funcionamento desse sistema, para que assim, possamos reconhecê-los.
E você, o que acha do chat GPT e dessas novas ferramentas que vêm surgindo? Trazem mais vantagens ou desvantagens? Me conta lá no instagram @isaamenta, eu sou a Isa Menta e esse foi mais um Moda e Música (bem tecnológico dessa vez), reunindo histórias, indicações e curiosidades dos dois universos aqui no Esse Tal de Rock and Roll. Obrigada e até a próxima!