Moda e Música com Isa Menta: Rihanna Forever

Oi, gente! Isa Menta aqui reunindo histórias, indicações e curiosidades em mais um Moda e Música. No último quadro, comentei sobre os recordes da Taylor Swift com seu novo álbum e seu esperado “retorno” à indústria musical. Outra artista que decidiu entrar nessa onda de comebacks foi a Rihanna e é exatamente para ela que a coluna de hoje é destinada.

Que ela é bem sucedida no meio da música é inegável. Há algum tempo, a artista, natural de Barbados, se mostrou bastante visionária ao lançar suas marcas de cosméticos Fenty Beauty e Fenty Skin. Não à toa, assim como Taylor, Riri está na lista das cantoras mais ricas do mundo, acumulando um patrimônio avaliado em 1,4 bilhão de dólares, sendo boa parte desse valor proveniente de sua empresa. Um dos motivos que tornou a Fenty bem relevante nesse cenário da beleza foi a gama de bases para peles negras que Rihanna desenvolveu, ponto que o mercado ainda peca. Sob a visão de “Beleza para Todos”, a cantora conseguiu transformar a missão da marca e atingir um marketing com um nível de inclusão elevado, colocando em destaque belezas ocidentais, orientais, peles desde as mais claras até as mais escuras e os mais diferentes tipos e formatos de corpos. O interessante é que como parte de sua estratégia, a palavra “inclusão” nunca fora realmente mencionada em nenhuma de suas campanhas, justamente porque sua ideia era a de ter “mais ação, menos discurso”. Mesmo assim, desde o dia de seu lançamento, que foi simultâneo (independente de fuso horário) em mais de 15 países, o público já definiu a marca como inclusiva.

Não só nos produtos para pele Rihanna mostrou que sabe colocar a mão na massa. Mesmo sendo considerada uma das maiores divas pop da atualidade, a cantora pouco a pouco foi se mostrando bastante antenada à moda com looks incríveis nos red carpets. Não por acaso, é comum vermos pessoas falando que determinadas roupas só ficam boas e ganham destaque nela, já que ela realmente sustenta o que veste. Em 2012, assinou uma das coleções da marca inglesa River Island e em 2016, Riri provou que vinha para ficar no mercado fashion ao se tornar diretora criativa da Fenty x Puma, sua parceria de maior sucesso. Em 2019, a diva atingiu outro feito histórico: conseguiu desbancar o reinado das angels da Victoria’s Secret com o Savage x Fenty Show ao explorar a pluralidade de corpos e a diversidade em seu desfile, já que na outra marca, as modelos seguem um padrão corporal rígido em relação a medidas. Ainda nesse dia, Rihanna lançou uma grife de roupas dentro do grupo LVMH (que coordena marcas como Louis Vuitton e Dior). Assim, consagrou-se como a primeira mulher negra a comandar uma grife de luxo através da parceria entre o grupo e a Fenty, que na época vendia sapatos, acessórios e óculos escuros. Em 2021, foi encerrada.

Durante 4 estações, a Fenty x Puma foi incluída em desfiles de semanas de moda como Nova York e Paris e foi exatamente essa parceria que popularizou ainda mais a conexão entre moda esportiva e urbana que ainda hoje segue em alta. Ou seja, novamente visionária. Em 2018, Rihanna promoveu o uso das bermudas ciclistas com salto alto nas passarelas e ergueu um novo império dentro da moda. Um ano antes, com o lançamento da Fenty Beauty, além de colocar a pele negra como centro dos valores da marca, como já comentei antes, a cantora conseguiu mostrar a negligência de outras empresas não só através de bases que performassem bem nesse tipo de pele, mas também pelos corretivos e iluminadores, já que lançou cores nunca antes vistas nesse cenário para esse segmento, como o magenta, tangerina, lilás e menta, provando que era sim possível produzir produtos que não tornassem a pele negra acinzentada ao maquiá-la.

Acontece que em meio a tantos lançamentos e inovações, Rihanna se afastou do meio musical e ficou aproximadamente 6 anos sem lançar músicas. Seu último álbum, intitulado “ANTI”, foi lançado em 2016 e contou com hits como “Work” e “Love On the Brain”. Após isso, a cantora não apareceu mais. Mas lembra que comentei lá no início da coluna que ela tinha entrado na onda dos comebacks assim como a Taylor? Pois bem, no final de outubro Rihanna decidiu quebrar o hiato e anunciar o lançamento da música “Lift Me Up”, que seria o single principal da trilha sonora do filme Pantera Negra: Wakanda para Sempre, que chegou aos cinemas no dia 10 de novembro.

No entanto, mesmo sendo uma canção voltada ao filme, a crítica especializada teceu diversos comentários não muito positivos em relação ao comeback da cantora. Eu mesma depois de tanto tempo de hiato esperava algo diferente, já que ela sempre fez músicas que tinham um potencial muito grande de emplacarem como hit e trazerem impacto no cenário. Um dos pontos comentados pelos especialistas é que aparentemente o intuito foi apenas fazer algo coerente para a produção do filme e não algo para as rádios propriamente ditas, já que é uma música boa para trilha sonora, mas não para marcar um retorno ou para ser um evento principal (e eu concordo!).

Mesmo com esse clima meio decepcionante (se assim podemos dizer), alguns boatos surgiram em torno da volta de Rihanna. Um deles é o de que a cantora seria uma das atrações do Lollapalooza do ano que vem aqui no Brasil, já que a Songkick, plataforma de tracking de shows, atualizou o perfil de Rihanna com um show no festival para essa data. Outros rumores apontavam para o The Town, novo evento dos mesmos organizadores do Rock in Rio, previsto para os dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro de 2023 também no Brasil. Ou seja, possivelmente ela vem mesmo. O comeback é quase certo, já que a cantora foi confirmada como atração para o intervalo do SuperBowl que acontecerá em fevereiro do próximo ano também.

E vocês, o que acharam da música nova? Foi de fato um comeback ou ela irá continuar na indústria da beleza? Me contem lá no instagram @isaamenta, eu sou a Isa Menta e esse foi mais um Moda e Música, reunindo histórias, curiosidades e indicações aqui no Esse Tal de Rock and Roll. Obrigada e até a próxima!