Mundo Letrux
A cantora/atriz/compositora carioca Letícia Novaes estava fula da vida quando escreveu as canções do primeiro álbum do Letrux, “Em noite de climão”. E que estrago esse disco anda fazendo por aí. Os fãs e, principalmente, as fãs que o digam: Letícia é o ícone urgente em uma sociedade que trucida as mulheres e retroage a passos largos na (indi)gestão Temer.
Enquanto burocratas brancos decidem, em canetadas, o que deve e o que não deve ser acatado pelas mulheres, tendo a PEC 181 (que proíbe o aborto em caso de estupro) como a expressão máxima da irracionalidade, o saboroso disco do Letrux nos convida à liberdade, sensualidade, tesão e paixão. Se é que podemos nos permitir alguns desses prazeres em tempos de reformas apoteóticas.
O apelo do Letrux junto ao público em meses/anos anti-climáticos transparece nas casas de show lotadas, followers nas redes sociais e, especialmente, uma profusão de pessoas que recorrem a Letícia como se fossem amigos próximos, tamanha a identificação. O primeiro show do Letrux em Belo Horizonte, na A Autêntica, esgotou-se em tempo recorde se comparado a apresentações de outros artistas autorais. A procura foi tanta que a banda abriu um pocket show com direito a meet & greet na tarde do dia 25/11.
E o burburinho é justificado. Muito mais do que um álbum divertido, pungente, inventivo e diversificado, que traz sólidas referências a Rita Lee, Fernanda Abreu, Cassia Eller e até Depeche Mode, “Em noite de climão” é basicamente o léxico de 2017. Impossível não entrar no clima. Bem-vindXs ao mundo Letrux.
Ouça agora a entrevista de Letícia Novaes para o quadro Rock Cabeça, da Rádio Inconfidência FM, 100,9:
Confira o clipe oficial de “Que estrago” do Letrux:
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