U2: Banda de uma vida
U2 é minha infância, minha vida. Há mais de duas décadas, ouvia um vinil de Angel of Harlem promo na minha vitrola Philips.
Depois veio o Joshua Tree, um vinil de capa estilosa, letreiros dourados e a música que eu mais gostava: Exit.
Em pouco tempo também me apaixonava pela bateria e o acorde de Sunday Bloody Sunday, gravado numa fita cassete rudimentar. Daí fui para o Rattle and Hum, que eu escutava repetidamente no meu novíssimo aparelho de som. Heartland ia e voltava, especialmente em momentos de fuga e tristeza – que eram muitos.
https://www.youtube.com/watch?v=4OZWRAbaE4Y
Achtung Baby foi uma era de descobertas e fascinação. Until the end of the world escutei tanto que realmente enjoei. O que dizer de Zooropa, meu favorito? Foi só ouvir Stay no rádio, green light, seven eleven. Pronto. Até hoje essa faixa me remete a um espaço- tempo bom e seguro.
Em seguida, como todo jovem que deseja autonomia, comecei a desdenhar quem me formou. Pop e seu If God will send his angels por pouco não passou batido. Aliás, meu primeiro grande show, justamente aquele que custou 1,5 milhões de multa à banda. Caótico. Daí pra frente encontrei Nirvana e o rock alternativo. Mas também um Two Shots of Happy, One Shot of Sad.
Mas a emoção ficou e estravazou com o romantismo acústico de Sometimes You can’t make it on your own. Sofrimento estancado.
Hoje, por incrível que pareça, quando o mundo que construí dá demonstrações de desmoronamento, eu me protejo em Song for Someone. Someone, everyone.
Todos que me machucaram e machucam. Obrigado, Bono. Por me ajudar e por ficar comigo. I can live with or without you.
PS: Desde já dou início à campanha “Me Levem para os Estados Unidos para eu assistir a turnê comemorativa do Joshua Tree com abertura do Noel Gallagher”.